A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana fina e transparente que reveste a parte da frente do olho (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Podem ser ocasionadas por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos e cada um deles necessita de tratamento específico. Geralmente acomete um olho apenas, mas podem ser bilaterais. O olho torna-se vermelho, inchado, lacrimejante, com sensação de corpo estranho e às vezes com secreção.
A conjuntivite infecciosa é transmitida mais freqüentemente por vírus, mas também pode ser causada por fungos ou bactérias e tendem a ser contagiosas. O contágio se dá, nesse caso, pelo contato. Assim, estar em ambientes fechados com pessoas contaminadas, uso de objetos contaminados, contato direto com pessoas contaminadas ou até mesmo pela água da piscina são formas de se contrair a conjuntivite infecciosa. Quando ocorre uma epidemia de conjuntivite, pode-se dizer que é do tipo infecciosa.
A conjuntivite viral geralmente é causada por um adenovírus. É muito comum em escolas, local de trabalho, consultórios médicos, ou seja, todo local fechado com contato íntimo entre pessoas. O diagnóstico é realizado pelas características clínicas. O tratamento consiste na utilização de compressas geladas sobre as pálpebras, anti-inflamatórios e lágimas artificiais tópicas. A propagação do vírus dura até 14 dias após o início dos sintomas.
A conjuntivite bacteriana caracteriza-se por ser purulenta. Estes tipos são tratados com antibióticos tópicos. Um tipo, chamada de conjuntivite gonocócica, é causada por Neisseria gonorrhoeae que é uma bactéria sexualmente transmissível. Pode ser transmitida na hora do parto, mas é rara pois costuma-se aplicar uma gota de nitrato de prata 1% no saco conjuntival ao nascimento. A conjuntivite de inclusão é causada por Chlamydia trachomatis sorotipo D-K, pertencente ao trato genital dos adultos. Possui uma duração maior e acomete geralmente jovens sexualmente ativos.
A conjuntivite fúngica é mais rara de ocorrer. Geralmente acontece quando uma pessoa é acidentada com madeira nos olhos ou usuária de lentes de contato.
A conjuntivite alérgica é aquela que ocorre em pessoas predispostas a alergias (rinite, asma, dermatite ou bronquite) e geralmente ocorre nos dois olhos. Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa, apesar de que pode começar em um olho e depois se apresentar no outro. Caracteriza-se por coceira e edema. Pode ter períodos de melhoras e reincidências, sendo importante a descoberta da causa da conjuntivite alérgica. O alérgeno mais comum é o pólen. São tratadas com colírios anti-alérgicos e compressas geladas.
A conjuntivite tóxica é causada por contato direto com algum agente tóxico, que pode ser algum colírio medicamentoso ou alguns produtos de limpeza, fumaça de cigarro e poluentes industriais. Alguns outros irritantes capazes de causar conjuntivite tóxica são poluição do ar, sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro e tintas para cabelo. A pessoa com conjuntivite tóxica deve se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante. Se a causa for medicamentosa é necessário a suspensão do uso, sempre seguindo uma orientação médica.
Lavar as mãos frequentemente, evitar aglomerações, lavar com frequência o rosto e as mãos, não coçar os olhos, trocar diariamente toalhas de rosto e roupa de cama, não compartilhar o uso de rímel/delineadores ou de qualquer outro produto de beleza, evitar contato direto com outras pessoas que tenham conjuntivite, não usar lentes de contato durante esse período, evitar banhos de sol, evitar luz pois essa pode fazer com que o olho contaminado venha a doer mais.
Para melhor poder diagnosticar a causa da conjuntivite, é aconselhável procurar seu oftalmologista. Este poderá a partir de sinais e sintomas clínicos descobrir qual o agente causador da conjuntivite e prescrever o colírio corretamente. É recomendável fazer compressas geladas com gazes e água filtrada sobre as pálpebras. Não é recomendável utilizar água boricada.