O tumor ocular é uma doença rara e de prognóstico desfavorável quando diagnosticado em fases avançadas.
Neste artigo destacaremos os mais importantes:
Melanoma de coróide
Melanoma de coróide é o câncer mais comum a acometer a parte interna do olho. Sua incidência é de aproximadamente 6 casos para cada 1.000.000 de habitantes.
É mais comum em idosos, brancos, sem predileção por sexo.
Os sintomas que o paciente apresenta vão depender da localização do tumor dentro do olho e do seu tamanho.
Geralmente é assintomático, descoberto num exame de rotina, mas pode se manifestar com diminuição da visão.
O primeiro objetivo no tratamento do melanoma de coróide é salvar a vida do paciente e tal tratamento depende do tamanho do tumor. São possíveis três tratamentos: Enucleação (remoção do olho), braquiterapia (aplicação de radiação com Iodo ou Ruthenio) ou endo-ressecção (nova técnica que remove o tumor de dentro do olho por micro cirurgia). Se o tamanho for pequeno ou médio é possível tratar com qualquer uma das três técnicas. No caso da braquiterapia, um pequeno implante radioativo é colocado do lado de fora do olho através de uma cirurgia, liberando energia responsável pela destruição das células cancerosas minimizando a radiação a orgãos saudáveis, como o outro olho, o cérebro, etc.
Em casos de tumores grandes (> 10mm), a enucleação é a modalidade mais utilizada(retirada do olho). A remoção do olho, apesar de parecer agressivo, é uma cirurgia indolor e pode ser adaptada uma prótese ocular que se assemelha com o olho real a e o paciente segue sua vida normalmente.
O tratamento precoce diminui as chances deste tumor crescer e de apresentar metástase, principlamente o fígado. É importante estes pacientes serem avaliados semestralmente com exames hepáticos nos próximos 5 anos.
Mestastase ocular
É um tumor ocular, decorrente de um tumor de outro local do corpo, sendo mais frequentes, mama, pulmão e próstata. Por isso a importância de um exame oftalmológico em pacientes diagnosticados com câncer. O tratamento depende da localização, da espessura do tumor e da visão do paciente. A própria quimioterapia sistêmica, muitas vezes, pode regridir o tumor ocular.
Retinoblastoma
É o tumor maligno intraocular mais frequente da infância. O tumor tem origem na retina. Em 40% dos casos a doença é hereditária. O tumor acomete principalmente crianças menores de três anos de idade. Seu diagnóstico precoce, através do teste do olhinho, pode muitas vezes não apenas salvar a visão, mas principalmente a vida da criança. Existem diversos tratamentos como quimioterapia, aplicação de laser, placa de radioterapia, crioterapia e enucleação.
Carcinoma de conjuntiva
A conjuntiva é uma membrana fina que cobre a maior parte externa do globo ocular (conjuntiva bulbar) e a parte interna das pálpebras (conjuntiva tarsal).
O diagnóstico dos tumores da conjuntiva, muitas vezes é feito num exame de rotina , principalmente por um oftalmologista treinado para estes casos.
Um dos principais tumores de conjuntiva é o carcinoma espinocelular (CEC), um tumor maligno, que muitas vezes pode ser confundido com lesões comuns como o pterígeo. Por isso há necessidade do exame anatomo-patológico em todas cirurgias deste segmento.
O CEC possui etiologia variada como idade avançada, exposição a raios ultravioleta, infecção pelo papilomavirus humano (HPV) e pacientes com baixa imunidade. Possui baixo grau de malignidade e raramente leva à metástase, respondendo muito bem à excisão cirúrgica. Entretanto, pode haver recorrência, o que o torna mais agressivo.
A terapia de escolha vai depender de cada caso, porém na maioria das vezes estas lesões devem ser ressecadas com margem de segurança e crioterapia, devendo ser realizada por oftalmologistas experientes. A quimioterapia tópica (colirios de mitomicina, interferon) também tem se mostrado eficaz em alguns casos e com poucos efeitos adversos, reduzindo a recidiva tumoral.
Melanoma de conjuntiva
Tumor que pode acometer a conjuntiva do olho e das pálpebras. Mais frequente em adultos. Geralmente são tumores agressivos que precisam ser tratados de maneira adequada assim que preciso. Aparecem como lesões geralmente escuras na superfície do olho, mas raramente pode aparecer de uma lesão branca (amelanótica). O diagnóstico é confirmado através da biópsia de lesões suspeitas, retiradas através de cirurgias específicas para este tipo de tumor.
O objetivo deste artigo é mostrar à população que no olho há também doenças como tumores. E muitas vezes, quando diagnosticados precocemente, a taxa de cura pode chegar a mais de 80% dos casos.